A Organização Mundial da Saúde-OMS define automedicação como a seleção e o uso de medicamentos sem prescrição ou supervisão de profissional de saúde.
Em nosso país a automedicação já é considerada um problema de saúde pública e quanto mais efeitos indesejados tivermos em razão do uso irracional de medicamentos, maiores serão os gastos para o tratamento destes quadros.
Essa prática está comumente associada à presença de doenças e/ou condições crônicas, isenção de prescrições dos medicamentos e falta de fiscalização adequada. Grande parte de medicamentos consumidos são isentos de prescrição mas não são livres de riscos de reações e ,por isso, reforçamos a importância de consulta ao profissional habilitado.
Na utilização de medicamentos sem indicação de um profissional de saúde, por conta própria ou indicação de outrem, pode haver desencadeamento de alguns efeitos indesejados, reações alérgicas, intoxicações ou até a morte em casos mais extremos, visto que cada pessoa possui indicação de fármacos e dosagens individualizadas, as quais são prescritas após consultas e conhecimento do quadro clínico, sendo levadas em consideração as características do medicamento e orientações do farmacêutico.
Outra preocupação refere-se às combinações inadequadas, as interações medicamentosas. O uso de um medicamento concomitante a um alimento, pode desencadear efeitos não desejados, inclusive perda de efeito; o uso de um ou mais medicamentos ao mesmo tempo pode desencadear potencialização de efeitos ou até falta deste; o uso indiscriminado de antibióticos pode repercutir em resistência do paciente.
O farmacêutico tem papel fundamental na segurança do paciente e este irá , junto com a equipe de saúde envolvida, atender às necessidades do paciente quanto às orientações necessárias , promovendo o uso racional de medicamentos.
O principal objetivo do farmacêutico é a conscientização e uso racional de medicamentos, reduzindo risco aos danos e visando, sempre, a qualidade de vida do paciente e efeito terapêutico desejado.